8 de janeiro de 2018
Tento ver sombras para além das cortinas gastas e velhas.
Não vejo nada, não sei se estará lá alguém, mas acredito que outrora se fizeram conversas, ouviram choros e risos, viveram emoções, amores e desamores.
Outrora morou gente como eu, que amou como eu amo, que viveu uma vida como eu vivo a minha, que cresceram crianças como as minhas cresceram.
Como olhar para uma velha janela, num prédio antigo, com cortinas rotas e velhas pode libertar a minha imaginação e ocupar a minha mente com fantasia e leveza.
Caminhar atento, caminhar e olhar, caminhar e imaginar, caminhar e divagar !
(Mouraria, Lisboa)